AS tentativas de se tratar câncer com imunoterapia são antigas, porém até recentemente os resultados não foram animadores. Em 2018, os pesquisadores J. Allinson e Tasuku Honjo (Fig. 10), receberam o premio Nobel de medicina e fisiologia pelo esforço em desenvolver estudos relacionados à imunoterapia do câncer. Para combater agentes agressores, como por exemplo, vírus, bactérias e o próprio câncer, nosso organismo, lança mão das chamadas células T, um tipo de glóbulo branco, que funciona como um soldado em nossa defesa.
A célula cancerosa usa um marcador de sua superfície, capaz de inibir o ataque das células de defesa, por não reconhecê-las como inimigas. Os estudos dos vencedores do Nobel permitiram o desenvolvimento de drogas( inibidores de checkpoint), que permitem com que as células T passem a reconhecer as células cancerosas como inimigas e ataca-las.
Já existem drogas imunoterápicas desta natureza já liberadas, com resultados promissores para pacientes portadores de melanoma, linfoma de Hodgkin, câncer de pulmão, bexiga e cabeça e pescoço. Estes medicamentos também tem efeitos colaterais e o preço é um fator limitante. A nossa percepção é que nos próximos anos a imunoterapia do câncer representará uma grande revolução no tratamento da doença.